A nota do Enem não se dá apenas pela análise de quantas questões os alunos acertaram ou erraram. O exame utiliza a metodologia estatística de correção TRI (Teoria de Resposta ao Item) e, por meio dela, avalia-se a coerência pedagógica, possibilidade de chute, entre outros aspectos.
A coerência pedagógica é um parâmetro dessa forma de avaliação que leva em consideração a dificuldade do conjunto das questões que o aluno acertou na prova. Naturalmente, a expectativa é a de que se um aluno consegue acertar as questões mais difíceis, deve também acertar aquelas consideradas fáceis, pois, caso contrário, os acertos e erros não estão sendo coerentes.
Assim, um aluno que acertou as questões difíceis e errou as fáceis terá uma nota inferior à de outro que acertou o mesmo número de questões mais fáceis e errou as mais complexas.
As escolas que desejam saber como é possível estimar a nota do Enem de seus alunos e como ela pode ser utilizada podem aprender sobre o tema lendo este conteúdo.
Neste artigo você verá:
- como estimar a nota do Enem;
- como funciona a nota da redação do Enem;
- como usar a nota do Enem.
Como estimar a nota do Enem
Calcular a nota do Enem tendo em mãos apenas o número de acertos não é tarefa fácil, uma vez que a Teoria de Resposta ao Item envolve cálculos estatísticos complexos e que exigem o conhecimento dos parâmetros de calibração dos itens da prova. Entretanto, a Evolucional elaborou o Radar Enem, uma ferramenta que estima a nota da prova de acordo com a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Para fazer a simulação, é necessário informar a quantidade de acertos em cada área e, após a coleta desses dados, são avaliadas as possibilidades de nota. Ao lançar o número de acertos, são indicados os desempenhos que milhares de alunos reais obtiveram em edições anteriores do exame, o que permite inferir uma faixa de prováveis notas para os alunos.
Como funciona a nota da redação do Enem
A correção da redação do Enem não utiliza a TRI, mas é feita por dois corretores, dentre os mais de 4 mil contratados para esse trabalho.
A avaliação é realizada com base na análise de cinco competências, as quais devem ser avaliadas com notas entre 0 a 200 pontos cada, sendo a nota máxima final de 1000 pontos. As competências avaliadas são:
- domínio da norma padrão da língua portuguesa;
- compreensão da proposta de redação;
- seleção e organização das informações;
- demonstração de conhecimento de recursos coesivos necessários para a argumentação do texto;
- elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.
A nota final é atribuída com base na média aritmética da pontuação atribuída pelos dois corretores. Caso as notas totais dos corretores tiverem uma diferença maior que 100 pontos ou for superior a 80 pontos em alguma competência específica , a redação é corrigida, de forma independente, por um terceiro corretor.
Como usar a nota do Enem
A nota do Enem é usada como critério para ingresso em muitas universidades públicas, além da possibilidade de obter bolsa de estudos, financiamento em faculdades privadas e conseguir o certificado de conclusão do ensino médio, confira mais sobre essas opções a seguir!
Ingresso em universidade pública – SiSU
O SiSU (Sistema de seleção unificada) é um sistema do Ministério da Educação que oferece vagas em universidades públicas estaduais ou federais aos estudantes que prestaram o Enem.
Os estudantes que se inscreverem nas universidades são selecionados de acordo com as notas que obtiveram na prova.
A Evolucional também possui um sistema que permite aos estudantes saber em quais universidades conseguiram ser classificados em relação às notas de corte de cursos do SiSU de anos anteriores. O Mapa Sisu, analisa, com base nas notas obtidas no Enem, em quais cursos e universidades ele teria maiores chances de aprovação, além de mostrar os pesos relativos de cada área do conhecimento usados para o cálculo da nota em cada curso.
Bolsa de estudos – ProUni
O ProUni (Programa Universidade Para Todos) oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50%), em faculdades particulares.
Os estudantes com renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa podem concorrer às bolsas integrais.
Já para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.
As inscrições podem ser feitas apenas por estudantes brasileiro que não tenham cursado anteriormente o ensino superior e que tenham participado do Enem mais recente obtendo a nota mínima de 450 pontos. Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na redação.
Financiamento estudantil – FIES
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. Ele tem como objetivo conceder financiamento a pessoas que queiram cursar o ensino superior em universidades particulares, que aderem ao programa e possuem avaliação positiva pelo MEC.
O FIES é dividido em diferentes modalidades, possibilitando uma escala de financiamentos e juros que varia conforme a renda familiar do candidato.
Gostou de saber como calcular a nota do Enem? Confira também o artigo sobre os assuntos mais comuns abordados no Enem ao longo dos anos.