Estratégias para o Enem: 7 dicas essenciais para gestores orientarem seus alunos na reta final

Quando estudar deixa de ser suficiente

Com o Enem 2025 marcado para os dias 9 e 16 de novembro (e 30 de novembro e 7 de dezembro para Belém, Ananindeua e Marituba, devido à COP30), os estudantes entram oficialmente na reta final de preparação. Neste momento, surge uma pergunta decisiva para gestores e coordenadores pedagógicos: seus alunos já têm uma estratégia clara para fazer a prova?

Não se trata apenas de dominar os conteúdos da matriz de referência. Há uma dimensão crítica que muitas vezes passa despercebida na preparação: a capacidade de gerenciar recursos escassos durante o exame. Um aluno pode conhecer profundamente os temas cobrados e ainda assim obter um resultado aquém do esperado se não souber administrar três elementos fundamentais: tempo disponível, capacidade de concentração e energia cognitiva.

A diferença entre dedicação e resultado final está, muitas vezes, justamente nesse intervalo. É o que separa quem estudou de quem está realmente preparado.

 

Pensar estrategicamente sobre avaliações

Estratégia é decidir com antecedência o que será feito. É chegar à prova com um planejamento estruturado e, acima de tudo, usar bem os recursos escassos que o Enem impõe: tempo, foco e energia mental.

Após mais de uma década acompanhando milhões de estudantes através de avaliações externas em todo o Brasil, a Evolucional identificou um padrão consistente: candidatos que chegam ao exame com um plano de ação definido e treinado tendem a apresentar desempenho superior, mesmo quando comparados a outros com preparo de conteúdo equivalente. 

 

O improviso não combina com o Enem.

 

Foi pensando nisso que reunimos neste artigo 7 estratégias práticas para ajudar você, gestor ou coordenador pedagógico, a orientar seus alunos na construção de um plano viável e eficaz para a prova.

 

Estratégia 1: Começar pela redação

A redação do Enem tem um peso enorme na nota final do candidato. Se fizermos uma média aritmética simples das quatro áreas objetivas mais a redação, ela sozinha representa 20% da nota total. Mas, em muitos cursos do SiSU, esse peso é ainda maior. Ou seja: a redação pode decidir a aprovação do aluno.

Há um argumento cognitivo forte para priorizar a produção textual logo no início do exame. Nas primeiras horas, a mente está descansada, a capacidade de articular ideias complexas está no auge e a concentração ainda não foi desgastada por horas seguidas de resolução de questões. É o momento ideal para estruturar argumentos, mobilizar repertório cultural e desenvolver uma proposta de intervenção consistente.

Isso não significa estabelecer uma regra rígida. Alguns estudantes se sentem mais confortáveis aquecendo com questões objetivas antes de escrever. O essencial é que essa decisão seja tomada conscientemente, com antecedência, e validada com simulados que reproduzam as condições reais da prova.

Uma abordagem intermediária pode ser eficaz: fazer uma leitura inicial da proposta de redação e dos textos motivadores, esboçar uma estrutura básica no rascunho, resolver parte das questões objetivas (permitindo que novas conexões se formem) e depois retornar para finalizar o texto com mais repertório ativado na memória de trabalho.

 

Estratégia 2: Priorizar os assuntos que domina

Ensine seus alunos a fazerem uma “varredura inteligente” em cada área do Enem. Isto é, uma leitura prévia rápida das primeiras páginas de cada caderno de questões. O objetivo não é resolver nada ainda, mas identificar quais temas aparecem e em que sequência.

Com esse mapeamento mental, o aluno pode optar por resolver primeiro aquilo que domina melhor, independentemente da ordem em que as questões aparecem. Começar pelos conteúdos de maior familiaridade gera três benefícios imediatos: acumula pontos de forma eficiente, constrói confiança psicológica e protege a nota na metodologia TRI, que valoriza padrões coerentes de acerto.

Somente após consolidar essa base segura é que faz sentido investir tempo e energia nas questões mais desafiadoras. Essa inversão de prioridade reduz o risco de gastar minutos preciosos em itens que estão além do alcance momentâneo do estudante, deixando questões mais acessíveis sem resposta por falta de tempo.

 

Estratégia 3: Ler alternativas antes dos textos-base

Questões do Enem frequentemente apresentam textos longos, gráficos e tabelas que servem como base para o item. Uma técnica eficaz é inverter a ordem tradicional de leitura: começar pelo comando da questão e pelas alternativas antes de mergulhar no material de apoio.

Oriente seus alunos a:

  • Sublinhar verbos de ação no comando e palavras-chave nas alternativas.
  • Eliminar as alternativas claramente inadequadas.
  • Ler o texto-base já procurando ativamente as evidências necessárias para a resposta.

Essa forma de abordar as questões evita leituras dispersas e economiza minutos preciosos do tempo de prova. O Enem cobra interpretação, mas também cobra eficiência na leitura. Ler com propósito é uma habilidade que pode ser treinada e que faz diferença real no resultado final.

 

Estratégia 4: Controlar o tempo com metas de avanço

O tempo é, provavelmente, o recurso mais valioso e também o mais difícil de ser gerenciado no Enem. Por isso, é muito importante que você oriente seus alunos a criarem metas de avanço, como por exemplo, a resolução de 10 questões a cada 30 minutos, aproximadamente.

Uma métrica útil é estabelecer blocos de 30 minutos como unidades de controle. A cada meia hora, o aluno faz uma pausa breve para transferir as respostas já decididas para o cartão e conta quantas questões foram concluídas. O objetivo não é manter um ritmo perfeitamente uniforme (algumas questões naturalmente demandam mais ou menos tempo), mas ter consciência contínua do andamento geral.

Se após dois blocos o estudante percebe que está significativamente abaixo da média esperada, pode ajustar a estratégia: acelerar um pouco, pular temporariamente questões mais complexas ou revisar se está dedicando tempo excessivo a partes específicas. Esses checkpoints regulares evitam que o problema seja descoberto tarde demais para correção.

 

Estratégia 5: Resolver provas antigas e fazer simulados regulares

Resolver provas anteriores do Enem em casa, sem limite de tempo, ensina os padrões de cobrança, o vocabulário típico dos enunciados e os temas recorrentes. Mas não prepara para o componente de pressão temporal e fadiga cognitiva que caracteriza o exame real.

Simulados realizados em condições controladas, com o tempo oficial, em ambiente similar ao da prova, idealmente aplicados pela escola, são insubstituíveis para testar e ajustar a estratégia de cada aluno. É nesse laboratório que questões críticas são respondidas:

  • Quanto do meu tempo é consumido na redação?
  • Em qual das áreas eu mais perco o ritmo de resolução das questões?
  • Em que momento da prova eu sinto que minha atenção cai?

A análise pós-simulado não deve se limitar a verificar acertos e erros de conteúdo. Precisa incluir reflexões estratégicas: 

  • A ordem escolhida para resolver as questões funcionou? 
  • Os checkpoints de tempo foram úteis? 
  • Há ajustes necessários para a próxima tentativa?

 

Os simulados não são apenas diagnósticos de conteúdo. São laboratórios de estratégia.

 

Estratégia 6: Priorizar revisões com base em dados de desempenho

Para escolas que utilizam as soluções da Evolucional, há uma ferramenta especialmente poderosa nesse processo: a Revisão de Prova. Trata-se de um recurso que analisa o padrão individual de respostas de cada estudante no simulado e reorganiza as questões em ordem de prioridade pedagógica.

O sistema cruza dois dados: quais questões o aluno errou e qual era a probabilidade estimada de acerto para ele em cada uma delas (calculada pela metodologia TRI). O resultado é uma sequência personalizada que coloca no topo as questões que o estudante tinha maiores chances de acertar, mas não acertou.

Na prática, isso significa focar o estudo exatamente nos pontos de maior retorno: conteúdos que estão próximos do domínio pleno, mas ainda geram tropeços. Revisar sistematicamente esses itens aumenta a consistência do padrão de acertos, o que é valorizado pela TRI e tende a elevar a nota mesmo sem grandes saltos de conhecimento.

Transformar essa revisão orientada por dados em rotina semanal cria ciclos curtos e de alto impacto.

 

Estratégia 7: Ajustar táticas ao perfil do curso pretendido

Outro recurso exclusivo da Evolucional é o Simulador SiSU, atualizado anualmente com dados oficiais do sistema de seleção. Com a nota obtida em simulados, o estudante pode estimar suas chances de aprovação em diferentes cursos e universidades, mas a ferramenta oferece algo além da simples projeção: ela explicita os pesos que cada área do conhecimento e a redação têm em cada curso específico.

Essa informação é estrategicamente valiosa. Um estudante que mira Engenharia em uma universidade que triplica o peso de Matemática precisa estruturar sua preparação e sua estratégia de prova de forma diferente de quem busca um curso de Ciências Humanas, onde a redação tem peso máximo.

No primeiro caso, todo esforço extra em Matemática tem retorno amplificado e talvez valha investir mais tempo no segundo dia de prova. No segundo, caprichar na redação e começar por ela pode ser decisivo. O Simulador SiSU permite que essas decisões sejam tomadas com base em evidências numéricas claras, não em suposições.

 

O papel da escola como orientadora estratégica

O domínio de conteúdo permanece essencial — nenhuma estratégia substitui conhecimento sólido. Mas entre dois estudantes com preparo equivalente, aquele que souber alocar inteligentemente seus recursos durante a prova terá vantagem mensurável.

Cabe à equipe pedagógica traduzir esses princípios em práticas concretas. Algumas ações possíveis incluem:

  • Promover rodas de conversa sobre estratégias de prova com alunos e professores.
  • Incentivar o uso de simulados como espaços de experimentação, não apenas de avaliação.
  • Disponibilizar ferramentas que ajudem os alunos a tomarem decisões baseadas em dados.
  • Cultivar uma cultura em que planejar a abordagem da prova é visto como parte natural do processo de preparação.

 

Quando a escola assume esse papel de orientação estratégica, os estudantes conseguem ter caminhos claros e seguros para realizar um bom exame.

 

Preparação completa: conteúdo mais método

Na reta final para o Enem 2025, o diferencial não está apenas em saber, mas em saber usar o que se sabe. Gestores e coordenadores que ajudam seus alunos a construírem planos de prova personalizados, treinados e baseados em evidências estão oferecendo uma vantagem competitiva real.

A Evolucional apoia escolas nessa jornada com simulados de alta qualidade técnica, ferramentas exclusivas de análise de desempenho e recursos que transformam dados em decisões pedagógicas inteligentes. 

Quer se aprofundar no assunto? Confira o vídeo completo no Canal Radar do Educador:

 

A Evolucional pode te ajudar a preparar seus alunos para o Enem com excelência, foco e performance. Quer saber como? Fale com a gente.

 

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