A avaliação diagnóstica é uma ferramenta que traz informações sobre o conhecimento dos alunos no início de um processo de aprendizagem. Com ela, é possível avaliar quanto os estudantes dominam determinados conhecimentos, habilidades e competências.
Tendo os resultados dessa avaliação em mãos, pode-se mapear os pontos fortes de uma turma e, mais especificamente, de cada aluno. Isso funciona, de fato, como um diagnóstico, pois possibilita aos educadores o conhecimento das aprendizagens e o planejamento de estratégias pedagógicas capazes de potencializar o aprendizado.
Avaliação diagnóstica – avaliar para julgar ou avaliar para diagnosticar?
Tradicionalmente, as escolas avaliam os alunos baseando-se em um sistema de pontuação ou notas, utilizando os resultados com uma abordagem essencialmente quantitativa.
Essa avaliação é utilizada apenas para julgar se eles conseguiram obter determinada quantidade de pontos ou a média necessária para passar de ano.
É impossível avaliar a aprendizagem dos alunos de forma qualitativa olhando apenas para as notas, sem um trabalho direcionado para identificação de dificuldades, entendimento das lacunas de conhecimento e reconhecimento de pontos específicos de melhoria.
A avaliação diagnóstica propõe que se faça uma interpretação pedagógica para os resultados quantitativos, onde a cada pontuação, nota ou conceito é associado um nível de proficiência para os alunos sobre o conteúdo ou habilidade avaliada.
Tais níveis devem ser comparados com escalas de habilidade, a fim de verificar se os alunos atingiram ou não as expectativas de aprendizagens necessárias para determinada série ou faixa etária.
Para que serve a avaliação diagnóstica?
Pensando nas realidades das instituições de ensino, elencamos três objetivos principais da avaliação diagnóstica. São eles:
- mensurar a proficiência de cada aluno individualmente, em relação às expectativas de aprendizagem para a sua série, identificando a necessidade ou não de um trabalho mais personalizado para recuperação de eventuais lacunas de aprendizado;
- revelar o grau de homogeneidade/heterogeneidade de uma turma em relação ao domínio de conteúdos específicos, para que os professores possam traçar estratégias de abordagem desse conhecimento a fim de atingir o maior número de alunos possível;
- informar aos gestores pedagógicos o nível de proficiência das diferentes séries de sua escola em relação a outras que atuam em seu mercado, em sua região ou mesmo no Brasil, para que possam traçar estratégias pedagógicas de melhoria contínua.
Como colocar em prática essa avaliação?
Existem várias possibilidades de trabalhar a avaliação diagnóstica em sua instituição de ensino, e quanto mais diversificadas forem as estratégias utilizadas, mais completas serão as informações levantadas no diagnóstico dos alunos a respeito das suas aprendizagens.
Um ponto importante que precede a aplicação dessas avaliações está na promoção do diálogo e da reflexão das instituições junto aos alunos e dos seus responsáveis, conscientizando-os sobre os objetivos do diagnóstico, desassociando a ideia comum de que avaliação é sinônimo de prova e nota.
Trazer essa reflexão coletiva para os professores, alunos e responsáveis , promoverá um maior engajamento nas diferentes atividades componentes dessa fase diagnóstica, que podem ser:
Avaliações externas alinhadas com a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) regulamenta e descreve as expectativas de aprendizagens para cada série do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio.
Avaliações externas, como as da Evolucional, possuem questões com os conhecimentos, competências e habilidades da BNCC identificadas.
A partir dessas avaliações é possível obter relatórios de proficiências dessas expectativas para as turmas de sua escola e para os alunos individualmente, além de ser possível comparar o nível de proficiência das diferentes séries de sua escola com outras escolas do Brasil.
Produção de redações
A escrita e a capacidade de argumentação em um texto são fundamentais para o bom desenvolvimento do aluno. Se ele não consegue escrever corretamente ou argumentar textualmente , ele provavelmente terá seu processo de aprendizado prejudicado.
Por isso, avaliar a evolução nas redações, percebendo se ele ainda comete algum erro que não se encaixa no nível em que está, ajudará a identificar uma falha de aprendizado em alguma etapa, para que assim, o professor possa trabalhar a partir dele.
Leitura e interpretação de textos
A leitura e a interpretação podem aprimorar o repertório sociocultural dos alunos. Com uma bagagem mais ampla, ele consegue fazer conexões com diversos assuntos, além de conseguir dissertar melhor sobre eles.
Por isso, estimular a leitura, principalmente de assuntos de interesse dos alunos, é fundamental.
Além disso, provas como o ENEM exigem total interpretação e costumam fazer essa relação entre diferentes matérias. Então, essa aplicação em sua avaliação diagnóstica pode ser um grande diferencial.
Debates
Um dos métodos de avaliação diagnóstica mais ricos é o debate. Nele, os alunos são capazes de aplicar o conhecimento nas próprias palavras, experiências e vivências, fazendo com que assimilem muito mais o conteúdo, de acordo com essa relação.
Além disso, no debate é possível trabalhar valores como: respeito, educação, paciência, saber a hora de ouvir e também de aprender com opiniões novas. Lembre-se de registrar oficialmente o desempenho dos alunos nos debates, criando categorias para os diferentes níveis de desenvolvimento percebidos.
Jogos e desafios matemáticos
A matemática é uma área do conhecimento muito aplicada em nosso dia a dia. Embora o assunto seja avaliado de forma tradicional, é possível inserir outras dinâmicas para trabalhar com essa ciência exata, como jogos e desafios que estimulem o raciocínio e o pensamento lógico.
Entrevistas com aluno
O ponto central da avaliação diagnóstica é o aprendizado do aluno. Por isso, é essencial constar em sua avaliação uma entrevista direta com ele.
Dessa forma, é possível questionar quais têm sido suas dificuldades, além de saber possíveis pontos de melhoria. Nessas entrevistas pode-se também aplicar questionários de auto avaliação, para que os alunos consigam refletir sobre a sua própria metodologia e compromisso com seus estudos, por exemplo.
Nem todos os alunos possuem condições de estudar em casa ou de conseguir um reforço extra com os pais. Por isso, entender o cenário que cada um está inserido é fundamental.
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