Conheça o Método R.E.D. e a importância de sua aplicação na melhoria da aprendizagem

Conjunto de dados obtidos através de instrumentos avaliativos devem ser usados para estruturar ações pedagógicas na sala de aula convencional e até em atendimentos personalizados dentro da escola.

Dominar as características dos instrumentos avaliativos e compreender como os dados podem transformar o processo de aprendizagem dos estudantes pode ser um grande diferencial para as escolas. O Método R.E.D. – Referencial, Estatística e Distrator, componentes indispensáveis ao conjunto de relatórios e devolutivas de avaliações externas, deve ser utilizado para estruturar ações pedagógicas que vão cobrir desde a sala de aula convencional até os atendimentos personalizados dos alunos na escola.

Dentre as principais avaliações externas tradicionalmente conhecidas estão:  o Enem, o Saeb, Pisa, Toefl, ACT, SAT, entre outras. Embora tenham propósitos de mensuração diferentes, todas elas possuem algo em comum: trabalham com a teoria de resposta ao item.

A teoria de resposta ao item mensura a proficiência do estudante em relação à possibilidade de acerto. Ou seja, o quanto o estudante sabe em uma determinada escala e qual é a probabilidade de acerto. O Enem e o Saeb, embora sejam questionados com relação ao seu formato atual, por exemplo, fazem parte do sistema vigente. Por isso, é imprescindível que as escolas e os educadores tenham domínio dessas avaliações.

No entanto, as instituições de ensino devem ir além e propor diferentes avaliações processuais com o objetivo de verificar a aprendizagem e saber se o aluno está na trajetória esperada.  A implementação de instrumentos avaliativos, como simulados que geram dados com precisão e avaliações externas, podem contribuir com a qualidade pedagógica das entregas que a escola se propõe.

A principal contribuição das avaliações externas é permitir conhecer as proficiências dos alunos, pois contam com instrumentos robustos que fornecem dados e medidas desse conhecimento. Um instrumento de avaliação externa construído com cuidado e rigor, capaz de mensurar a proficiência do estudante, pode ser útil no desdobramento de uma série de trabalhos que visam a melhoria da aprendizagem.

A primeira ação seria referenciar as mensurações feitas em escalas de proficiência oficiais. Tais avaliações determinam uma série de conhecimentos hierarquizados em função da sua complexidade. Isso quer dizer que, dependendo da resposta do estudante, é possível localizá-lo e classificá-lo na escala de proficiência, conforme a complexidade de cada tarefa.

A partir disso, é possível definir diferentes níveis de classificação e utilizar essas escalas para desdobrar pelo menos três frentes de trabalho:

1 – Trabalhar com os resultados na sala de aula convencional (30 – 40 alunos):

  • Identificar questões ou atividades com “pior” desempenho;
  • Fazer uma revisão focada em distratores (ou rubricas que concentram o maior percentual de erros).

2 – Desdobrar ações para pequenos grupos (plantões e monitorias):

  • Identificar grupos de alunos que possuem dificuldades em comum e construir desafios específicos para eles;
  • Preparar atividades diferenciadas, de acordo com cada grupo. Por exemplo: lista de exercícios.

3 – Construir ações personalizadas (orientação de alunos)

  • Identificar a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) de cada aluno;
  • Desenhar um plano de estudos personalizado para cada aluno, priorizando o próximo nível, com ou sem ajuda da tecnologia.

Todas essas ações estratégicas são possíveis, desde que a equipe pedagógica tenha instrumentos avaliativos confiáveis e robustos. Os resultados da avaliação externa devem oferecer aos educadores, para cada questão, informações do tipo R.E.D. (Referencial, Estatística e  Distrator).

Referencial é um conjunto de elementos que formam o sistema de referência.

  • Ele compara o desempenho em relação a uma matriz de referência, seja do Saeb, do Enem, do Pisa, entre outros.
  • O referencial também compara uma escola com outras escolas, para saber o quanto estão avançadas.

Já a estatística é um conjunto de técnicas utilizadas para tomada de decisão.

  • Permite identificar o percentual de alunos por alternativa;
  • Permite identificar o distrator mais escolhido, ou seja, a alternativa errada que mais foi acionada pelos alunos;
  • Possibilita localizar grupos de alunos, de acordo com a identificação dos erros e assim, desenvolver ações específicas para cada grupo.

Distrator é uma resposta aparentemente correta, mas que está errada.

Isso implica em um caminho cognitivo possível, mas incorreto.

  • Permite justificar os acertos;
  • Inferir os caminhos cognitivos possíveis para os erros;
  • Permite trabalhar cirurgicamente na origem dos erros mais cometidos.

Um bom instrumento avaliativo externo precisa contemplar minimamente distratores sobre os quais uma equipe refletiu e inferiu caminhos cognitivos possíveis que podem ser trabalhados posteriormente em sala de aula.

Para isso, existem equipes especializadas e ferramentas de mensuração, como as oferecidas pela Evolucional, que se dedicam a fazer esses diagnósticos para os professores possam utilizar, estrategicamente, os resultados em seus planejamentos. Todas essas mensurações devem ser feitas não apenas para rotulagem, mas para melhoria contínua da aprendizagem dos estudantes na escola.

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