A escola, por ser um espaço formativo, que recebe os mais variados tipos de pessoas, deve promover o respeito às diferenças acima de tudo e, nesse sentido, a educação inclusiva é o melhor caminho.
Muito além de democratizar a aprendizagem, independentemente das suas particularidades, a inclusão no ambiente escolar é uma importante ferramenta formativa. Isso porque é uma forma de combater o preconceito e garantir a socialização de todos.
Continue a leitura para entender mais sobre o assunto!
Neste artigo você verá:
- o que é educação inclusiva?
- o que é educação especial?
- por que a escola deve promover a educação inclusiva?
- quais são os maiores desafios da educação inclusiva.
O que é educação inclusiva?
Quando falamos em educação inclusiva, a primeira coisa que vem à mente são processos educativos que contemplem pessoas com algum tipo de necessidade especial. Mas o conceito é muito mais abrangente.
Na verdade, se trata de uma metodologia de ensino que tem como objetivo oferecer condições iguais de aprendizagem para todos os alunos, independentemente das suas necessidades especiais ─ intelectuais ou físicas ─, etnia, gênero, classe social, religião ou qualquer outra particularidade.
Dessa forma, as diferenças entre os educandos passam a ser valorizadas, em vez de serem vistas como algo que segrega, a fim de promover uma convivência respeitosa entre todos, sendo essa a principal diferença da educação inclusiva para a educação especial.
O que é educação especial?
Educação especial diz respeito a técnicas que devem ser utilizadas para desenvolver habilidades específicas em pessoas com alguma necessidade especial. Sendo assim, esse processo educativo não permite a interação entre aqueles alunos que não possuem essas particularidades, pois eles estarão em diferentes jornadas de aprendizado.
É importante ressaltar essa diferença, porque, por muitos anos, o sistema educacional brasileiro separou o ensino regular do ensino especial.
Em 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE), pela Lei nº 13.005/2014, que tem como meta garantir a universalização da educação básica, determinando que todos os alunos deveriam ser acolhidos no ensino regular.
Dessa forma, é dever da escola e dos educadores desenvolverem meios e recursos diferenciados para garantir a formação de todos. Para que a educação inclusiva seja possível, existem cinco princípios que devem sustentar essa metodologia.
Princípios da educação inclusiva
Os cinco pilares da inclusão educacional devem ser revisitados a todo momento pelos educadores, a fim de avaliar se os seus métodos de ensino estão, de fato, contemplando todos os alunos da turma. São eles:
- toda pessoa tem direito à educação: não importa as peculiaridades físicas, intelectuais ou sociais de cada um, o acesso ao ensino deve ser democratizado;
- todo mundo é capaz de aprender: independentemente da complexidade do conteúdo ou das diferenças de cada um, todo aluno tem a capacidade e o direito de aprender, a única diferença é o trajeto percorrido durante o aprendizado, sendo que muitas vezes pode ser necessário adaptar a metodologia e as ferramentas de ensino;
- o contato com a diversidade é benéfico: expor os alunos à diversidade dos indivíduos é muito importante para o processo formativo;
- respeito e empatia é para todos.
Por que a escola deve promover a educação inclusiva?
A inclusão no ambiente educacional é fundamental para que todos os educandos se desenvolvam intelectualmente, tendo chance de prestar um vestibular, ter uma boa nota no ENEM e entrar no mercado de trabalho, caso seja o seu desejo.
Mas a educação inclusiva é muito mais do que garantir que todos os alunos consigam aprender o conteúdo dado em sala de aula. Essa metodologia, além de ser um processo educativo, também garante a formação social, tanto daqueles que precisam ser acolhidos quanto daqueles que acolhem.
A diversidade na escola promove uma convivência de igual para igual entre todos os educandos e é uma forte ferramenta de inclusão social como um todo, combatendo o preconceito, não só na esfera escolar, mas também em outros espaços.
Quais são os maiores desafios da educação inclusiva?
Mesmo com as novas determinações do PNE, a inclusão educacional ainda se desenvolve lentamente no Brasil, por conta de vários desafios:
- poucos recursos financeiros para contratar profissionais capacitados para lidar com os alunos que possuem necessidades especiais e investir em equipamentos e adaptações, como obras de acessibilidade;
- falta de preparo dos profissionais da educação, tendo em vista que muitas graduações de licenciatura e pedagogia não debatem e ensinam a fundo sobre esse tema;
- falta de professores e pedagogos capacitados para lidar com alunos com necessidades especiais, um exemplo é a dificuldade de achar profissionais que saibam se comunicar em libras.
No ensino público, esses desafios se tornam ainda mais evidentes e, para superá-los, é preciso que toda a comunidade escolar se mobilize e faça um projeto político pedagógico que priorize a inclusão e o respeito às diferenças.
O gestor escolar deve tomar a frente desse processo, afinal, esse profissional tem um papel fundamental no desempenho dos alunos. Saiba mais sobre o assunto lendo o artigo sobre como o gestor escolar pode melhorar o desempenho dos alunos!